terça-feira, 27 de maio de 2014

TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO “CONTINENTE”

TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO “CONTINENTE”

    A expressão arquipélago econômico se referindo ao território brasileiro durante os séculos XV até
O final do século XIX foi devido a falta de desenvolvimento econômico e integração entre as áreas
Produtoras de atividades produtivas,faltava tecnologia.
o povoamento concentrado no litoral e ao longo dos rios, dada a importância dessas áreas para o transporte e dos recursos naturais nelas existentes para a subsistência das populações (nas áreas mais distantes da costa .
 O sertão uma população dispersa se ocupava da criação extensiva de gado e culturas de subsistência, sendo que as comunicações eram difíceis).
 Aos anos 1890, a ausência de integração é outra característica que pode ser associada ao meio natural: nota-se que as áreas econômicas mais ativas e densamente povoadas estavam isoladas umas das outras, comunicando-se apenas por via marítima (influência do meio natural).
O meio natural, o homem tinha pouca influência sobre a natureza.
O meio técnico surge quando o ser humano começa a se sobrepor sobre o “império da natureza” por intermédio da construção de sistemas técnicos.
  • Em 1890, eram poucos espaços integrados à economia localizados em especial próximo à região litorânea, com destaque para as regiões sudeste e nordeste onde estavam os principais focos econômicos;
  • Em 1940, amplia-se os focos econômicos e a integração, mas ainda com grande destaque para o sudeste e o nordeste, contudo nota-se uma expansão para as regiões centro-oeste e sul.
1890 e 1940) correspondem a períodos nos quais os sistemas técnicos foram adensados no território brasileiro por meio da incorporação das máquinas (telégrafos, ferrovias, portos etc.) de forma seletiva. Esse meio esteve na origem das desigualdades regionais. No século XIX, por exemplo, com o desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste, verifica-se uma nova inflexão no processo de valorização do território brasileiro (o que também coincide com a transição entre o meio natural e o meio técnico).
Suas principais características foram:

construção de sistemas técnicos, com o surgimento de setores comerciais e bancários, associados às novas condições de transportes e comunicações (estrada de ferro, telégrafo e cabo submarino);
relativa integração do território que, no início do século XX, era constatada em torno do Rio de Janeiro e de São Paulo,
industrialização, cujo desenvolvimento ocorreu intensamente em São Paulo e arredores, permitindo que a cidade e o Estado adquirissem papel central na vida econômica do país;

ocupação econômica que, na década de 1950, foi favorecida em virtude da ampliação dos esforços para equipar o espaço nacional com vias de circulação e infraestrutura, fortalecendo as relações entre o Sudeste e as demais regiões;
construção de Brasília, a nova capital do país, durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), foi marco representativo do processo de interiorização, expandindo-o em direção ao Centro-Oeste e à Amazônia;
Em 1990, do modo geral, há uma quase totalidade na integração econômica no território nacional, com apenas o extremo oeste da Amazônia ficando praticamente fora desse realidade

O conceito de meio técnico-científico-informacional refere-se ao meio geográfico atual, cujo surgimento ocorreu a partir da década de 1970, no qual a informação passou a ser variável fundamental no período de globalização, de constituição de um mercado global e de uma unicidade técnica planetária. Seu funcionamento tem como base técnica a fusão das tecnologias da informação com as telecomunicações, gerando as novas tecnologias da informação. No que diz respeito às transformações no território brasileiro decorrentes do meio técnico-científico-informacional,
podemos destacar;
aspectos relacionados à infraestrutura e integração nacional, como: aproveitamento das principais bacias hidrográficas para a produção de eletricidade; modernização dos portos; construção de ferrovias orientadas para produtos especializados; desenvolvimento da rede rodoviária com a construção de autopistas nos principais eixos de circulação e de estradas vicinais (principalmente nas áreas de maior densidade econômica); instalação de rede de telecomunicações de alcance em todos os municípios, viabilizando o contato dos lugares com o restante do mundo;

diversificação econômica e à desconcentração industrial: ou seja, a partir das bases do desenvolvimento criadas anteriormente (sucessivos meios técnicos), a indústria tornou-se diversificada, inclusive iniciando sua desconcentração; a agricultura, por sua vez, se modernizou no Sul e no Sudeste e em outras regiões onde se destacam os Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Bahia (no caso do Nordeste, a difusão da irrigação permitiu o aproveitamento agrícola intensivo em parte de suas terras);

nova fase de urbanização: se, por um lado, nos primeiros 450 anos da história do Brasil, o povoamento e a urbanização foram praticamente litorâneos, atualmente constata-se um país urbanizado, com uma taxa de urbanização superior a 75% e diversos níveis e tipos de cidades.

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