terça-feira, 27 de maio de 2014

MUNDO MULTIPOLAR

                                                    MUNDO MULTIPOLAR

         Com o fim do sistema de polaridades definidas ou da ordem mundial bipolar da        Guerra Fria, ocorreu o aparecimento de um sistema de polaridades indefinidas ou, em outras palavras, de uma ordem mundial multipolar, caracterizada pela existência de vários polos ou centros mundiais de poder econômico e político. Em lugar do antigo confronto ideológico, militar e econômico entre os blocos capitalista e socialista capitaneados pelas duas superpotências rivais da “velha ordem mundial” – Estados Unidos e ex-URSS, há duas décadas assistimos a uma recomposição das alianças militares e econômicas entre grupos de países.
No mundo pós-Guerra Fria, apesar da existência de três principais centros de poder econômico (Estados Unidos, União Europeia e Japão), a chamada tríade do capitalismo mundial, também nota-se a afirmação de potências econômicas e políticas regionais, como Brasil, África do Sul e China (esta última considerada por muitos como a grande potência do século XXI), que poderão, num futuro não muito distante, contribuir para a afirmação de uma ordem mundial multipolar com a maior participação de países do Sul na tomada e na influência de decisões internacionais.
Os termos monopolar – ou seja, país, entidade ou empresa que detém o monopólio econômico no âmbito da produção e dos mercados – e unipolar – conceito que identifica um único polo de poder mundial – são empregados por muitos observadores e estudiosos para denominar o cenário internacional entreaberto com o fim da Guerra Fria. Consideram que a Nova Ordem Mundial é monopolar e unipolar, pois destacam que os Estados Unidos ainda são o único país a exercer o domínio econômico e militar no panorama do mundo atual, ou seja, sem a presença de um rival ou oponente capaz de contrabalançar ou equilibrar seu poderio nesse sentido. Do ponto de vista militar, a Rússia, por exemplo, a principal herdeira da extinta União Soviética e hoje pertencente à CEI, ingressou numa profunda crise econômica a partir do início da década de 1990, fato responsável, entre outros, pelo enfraquecimento do seu poderio militar.

Para muitos analistas, a China vem despontando como país passível de ameaçar a supremacia americana. Porém é fundamental ressaltar que, no âmbito da economia, o denominado “país fábrica” não possui domínio científico-tecnológico que ameace a posição emblemática dos EUA no mundo, e a sua produção depende ainda do enorme mercado consumidor norte-americano, já que as condições sociais da China, apesar de terem melhorado consideravelmente ainda não correspondem a um mercado consumidor autossustentado. Além disso, o país não possui tecnologia e aparato militares suficientemente adequados para fazer frente aos EUA. Assim, em praticamente todo o globo, a superpotência da América do Norte é o único país capaz de sustentar ou realizar intervenções militares em conflitos mundiais importantes, dada a presença de suas forças armadas no mundo.

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