domingo, 29 de setembro de 2013

Irlanda do Norte

TEXTO DO 3º.ANO DO ENSINO MÉDIO

                                  RLANDA DO NORTE

                                  CATÓLICOS  X  PROTESTANTES


Reino unido da Grã-Bretanha

A Ilha da Irlanda foi doada ao rei Henrique II da Inglaterra pelos povos normandos no século XII. . Nesse período, o processo de formação das monarquias nacionais e o problema da falta de terras motivaram esse processo de dominação que se concluiu com a assinatura do Tratado de Windsor. Por esse documento, ficava garantido o direito da Inglaterra em estabelecer as suas leis em território irlandês.
Chegando ao século XVI, momento em que as religiões protestantes afloravam,o rei Henrique
VIII, cansado dos tributos pagos a Roma, pressionou o Papa Clemente VII, para anular seu casamento com Catarina de Aragão ,para se casar com Ana Bolena,diante da negativa,do Papa
Ele rompeu com a igreja católica e fundou a igreja anglicana na Inglaterra promoveu uma séria transformação nas relações junto à Irlanda. A maioria católica do território irlandês resistiu ao processo de conversão religiosa ao anglicanismo, imposto como meio de reafirmação da autoridade monárquica em seus territórios.
No século seguinte, essa rivalidade se ampliou quando o rei Jaime I implantou um projeto de colonização da região de Ulster, do qual os irlandeses foram claramente ignorados. A situação excludente acabou alimentando a realização de várias rebeliões entre as décadas de 1640 e 1650, quando as autoridades britânicas impuseram uma violenta repressão contra os revoltosos e repassou parte do território irlandês para produtores ingleses
Atingindo o século XIX, os movimentos em favor da autonomia irlandesa ganharam significativa força com a disseminação das ideias liberais. No ano de 1829, um movimento de feição nacionalista conseguiu a conquista de alguns direitos civis, entre os quais se incluíam a ocupação de cargos públicos. Na metade do século XIX, essa mesma população sofreu com doenças e a fome, que juntas, mataram 800.000 irlandeses em um curto espaço de tempo.

No começo do século XX, o Sinn Fein (nós sozinhos) formou um novo movimento nacionalista, responsável pela eleição de vários representantes irlandeses no Parlamento Britânico. Impulsionados por esse desempenho, os integrantes do novo partido resolveram proclamar a independência unilateral da Irlanda, já em 1919. Em pouco tempo, os colonizadores da região de Ulster e a própria Coroa Britânica reagiram contra o pedido de autonomia política.
Após dois anos de confronto, os britânicos assinaram um tratado onde reconheciam a independência irlandesa no ano de 1921. No ano de 1937, a independência irlandesa foi reafirmada com a organização de sua primeira cara constitucional. Em 1949, os britânicos reconheceram a autonomia irlandesa e permitiram que a região do Ulster também se tornasse independente com a criação da Irlanda do Norte. No entanto, os conflitos estavam longe de acabar.
No início da década de 1920, o IRA aparece com suas ações terroristas que reivindicavam o completo fim da interferência britânica e a unificação completa de seu território. Por outro lado, os protestantes de origem britânica que ocupavam a região Norte repudiavam tal intento, já que temiam a represália dos católicos que dominavam o Sul. Dessa forma, a questão irlandesa passou a se desdobrar em um conflito político, contra os ingleses, e religioso, voltado contra os irlandeses do Norte.
Ao longo de todo o século XX, observamos que o confronto entre a Inglaterra e o IRA sugeria a extensão de um problema praticamente irresoluto. No entanto, a partir da década de 1990, o processo de integração das economias europeias, com o desenvolvimento da União Europeia, contribuiu significativamente para que essa guerra chegasse ao final.
Mesmo com as tentativas de aproximação e o próprio enfraquecimento dos movimentos radicais, a questão irlandesa ainda sobrevive na ação isolada de pequenos grupos que se utilizam do discurso de violência e autonomia que se desenvolveu ao longo do tempo. Apesar de uma ou outra manifestação, várias indicativas hoje, contribuem para que a questão irlandesa atinja o seu fim.

A questão Basca

Texto do 3º.ano ensino médio

                                                       A QUESTÃO BASCA

  Os Bascos são povos que habitam que habitam a Espanha e a França e possuem língua própria o euskera. O País Basco, como pode ser chamado, é composto por sete regiões tradicionais: Álava, Biscaia, Guipúscoa e Navarra que compõem o território de Hegoalde na Espanha, e Baixa Navarra, Lapurdi e Sola que compõem o território de Iparralde na região francesa. Oficialmente, o território de Iparralde é considerado uma parte do Departamento Francês dos Pirineus Atlânticos. E, Hegoalde, é considerada uma comunidade autônoma denominada Euzkadi separada da Comunidade Foral de Navarra, ambas constituintes da Monarquia Constitucional Espanhola.
A principal característica da questão basca é que os bascos lutam para manter sua identidade como povo, sua língua, cultura e modo de vida. Ao invés de serem incorporados e suplantados por outra cultura, como a maioria dos povos que habitaram a Península Ibérica e a Europa. Outro ponto interessante é o apoio que a luta armada do grupo guerrilheiro ETA (Euzkadi Ta Askatana, que em vasconço significa “Pátria Basca e Liberdade”) tem da população basca. Ou, pelo menos tinha.
O ETA surgiu em 1959 como um movimento socialista fundado através da união de diversos grupos políticos que atuavam na região. Desde a Guerra Civil Espanhola (1936-39) e do bombardeio à cidade de Guernica pelos nazistas alemães como represália ao apoio do povo basco aos republicanos, então aliados dos anarquistas e socialistas e, a proibição do vasconço em todo o território basco pelo general Franco, o sentimento nacionalista basco foi se tornando cada vez mais forte. Estes fatos, também contribuíram para que o ETA decidisse pela luta armada e tivessem o apoio da população.
Mas, com o final da ditadura de Franco em 1975 e os direitos cedidos pela Constituição de 1978 que defende o respeito pela diversidade cultural e lingüística, e de um estatuto especial assegurando à Catalunha, à Galiza e ao País Basco o direito de utilizar suas próprias línguas e ainda outros direitos que lhes confere certa autonomia, a guerrilha do grupo ETA começa a perder força ante a população basca.

Desta forma, em março de 2006 o ETA declara uma trégua que durou apenas 14 meses. O ETA já decretou várias tréguas desde 1981, mas, apenas oito delas foram de fato efetivadas.

Atualmente o Partido Nacionalista Basco (PNV) tenta um acordo com o governo espanhol para a realização até o final de 2008, em caráter consultivo e, até 2010 de forma definitiva, de dois plebiscitos onde o povo basco decidirá sobre o tipo de governo a ser adotado e sobre a relação política entre o País Basco e a Espanha. No entanto, o primeiro – ministro espanhol, José Luis Zapatero, rejeita o plano Ibarretxe, como é chamado o plano lançado pelo PNV. Até lá as expectativas apontam que o ETA deverá decretar mais um cessar fogo como próximo ao plebiscito como manifestação de apoio ao PNV

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Texto do 3º. Ano do Ensino Médio.

                                      A questão da Palestina

PALESTINA  denominação histórica dada pelo Império Romano a partir de um nome hebraico biblico, a uma região do Oriente Médio situada entre a costa oriental do Mediterrâneo e as atuais fronteiras ocidentais do Iraque e Árabia saudita, hoje compondo os territórios da Jordânia e Israel, além do sul do Libano e os territórios de Gaza e Cisjordânia.
Há milhares de anos a região era habitada por vários povos entre eles os cananeus,mais tarde,
Os hebreus.Porém  a região sofreu vários domínios ,o povo hebreu migrou para o Egito em busca de melhores condições de vida e melhores pastagens para seus rebanhos,no entanto mu-
Danças nas leis do país eles foram escravizados e liderados por Moisés atravessaram o mar
Vermelho e retornaram a Palestina.
Mais tarde tiveram que fugir da região para não serem mortos pelo império romano,essa fuga
É denominada de diáspora.
Com a diáspora o povo judeu se espalharam pela Ásia,Europa etc. Século XIX è Início do Movimento Sionista (movimento internacional dos judeus de “retorno à patria”).
O movimento sionista ganhou força no período da segunda Guerra mundial quando foram
Vítimas dos nazistas.
Coma a chegada dos judeus a região surgiram os primeiro kibutz.
kibutz  são agrupamentos em que funcionam comunidades com as seguintes características: atividades agrícolas, propriedades coletivas, igualdade social, meios de produção próprios, distribuição da produção para a comunidade e prioridade à educação das crianças.
Começam os conflitos entre judeus e palestinos(árabes).

JUDEUS         -           ALEGAM DIREITOS HISTÓRICOS SOBRE A PALESTINA

PALESTINOS   -      ALEGAM DIREITOS ADQUIRIDOS, POIS NUNCA SAÍRAM DA PALESTINA

Em 1947 a ONU aprova a partilha do território da Palestina , para a criação do Estado de
Israel para abrigar os judeus.



PARTILHA DA PALESTINA FEITA PELA ONU
_________________________________________-


Estado Judeu (Israel)  56,7% da área
 Estado Palestino  42,6% da área
 Jerusalém  Área Internacional sob administração da ONU

Os Palestinos não aceitaram a partilha feita pela ONU., e começam os conflitos


1º CONFLITO  GUERRA DE INDEPENDÊNCIA DE ISRAEL (1948-49)
Também chamada GUERRA DA PARTILHA.


Países Árabes (Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque) e povo palestino atacam Israel.

Objetivos  - Impedir a formação do Estado de Israel e expulsar os judeus da Palestina.
RESULTADO DO 1º CONFLITO

         Israel vence e ocupa parte do território dos Palestinos
          Egito ocupa a Faixa de Gaza
          Jordânia ocupa a Cisjordânia
          Jerusalém é dividida: Parte Ocidental (domínio dos Judeus) e Parte Oriental (ocupação da Jordânia)
          PALESTINOS FICAM SEM TERRITÓRIO (sem seu próprio Estado)


                                                QUESTÃO PALESTINA 


LUTA DO POVO PALESTINO PARA RECONQUISTAR SEUS TERRITÓRIOS


ORGANIZAÇÃO DOS PALESTINOS

1959 – Criação da Al Fatah
 1964 – Criação da OLP (Organização para Libertação da Palestina)
 Posição Histórica => CONTRA A EXISTÊNCIA DO ESTADO DE ISRAEL

                                             2º CONFLITO  GUERRA DOS SEIS DIAS


Egito, Jordânia e Síria preparam um novo ataque a Israel
 Israel antecipa o ataque dos árabes e ataca primeiro

                                           RESULTADO DO 2º CONFLITO


Israel em apenas seis dias conquista:
          Toda Faixa de Gaza (antes sob domínio egípcio)
          Toda Península do Sinai (Território do Egito)
          Toda a Cisjordânia (antes sob domínio da Jordânia)
          Colinas de Golan (Território da Síria)
          Toda cidade de Jerusalém

IMPORTÂNCIA DE CADA ÁREA CONQUISTADA NA GUERRA DOS SEIS DIAS

Faixa de Gaza e Cisjordânia  Controle total sob a Palestina (sionismo)
 Península do Sinai  Segurança Nacional (Proteção de suas fronteiras com o Egito)
 Colinas de Golan  Área de Nascentes (Recursos Hídricos)


                              3º CONFLITO       GUERRA DO YOM KIPPUR


Países árabes realizam um ataque surpresa.
 Resultado  Mais uma vitória de Israel

1975 – Israel expulsa militantes da OLP da Cisjordânia e da Faixa de Gaza

Novo QG da OLP:
 Beirute - Líbano

                                   1979 – ACORDO DE CAMP DAVID

Israel devolve a Península do Sinai para o Egito. Em troca o Egito se compromete nunca mais atacar Israel
Anuar Sadat (Egito) => Passa a ser considerado traidor pelos defensores da causa Palestina.
E foi assassinado.


                                 1982 – OPERAÇÃO PAZ NA GALILÉIA


         Israel invade o sul do Líbano (ocupação com objetivo de proteger o norte de Israel – Galiléia)
          Tropas especiais de Israel avançam até a capital do Líbano (Beirute) para atacar e expulsar a OLP.
          Nos arredores de Beirute dois assentamentos de palestinos Sabra e Chatila (sob controle de Israel) são atacados e massacrados por milícias Cristãs. Israel vê tudo, mas não protege os palestinos.
                                     NOVO QG DA OLP    TUNÍSIA

Nova postura de Arafat è Menos radical (CRIAÇÃO DE UM ESTADO PALESTINO QUE NÃO EXCLUA ISRAEL)
ONU reconhece a OLP como legítima representante do povo palestino
Mais radicais consideram Arafat e a OLP como traidores
Crescem grupos terroristas radicais

HEZBOLLAH

HAMAS
JIHAD

Grupos militares com objetivos de libertação da Palestina,são considerados internacionalmente como grupos terroristas.

                                     1987 – INÍCIO DA INTIFADA

Intifada    -     Guerra das Pedras

Revolta popular palestina contra a ocupação israelense na Faixa de Gaza e na Cisjordânia (Organizada pelo Hamas)


                                         ACORDO DE OSLO
                                                       (1993)
         Local è EUA
          Intermediação è Diplomatas da Noruega
          Partes è OLP (Yasser Arafat) e Israel (Ytizak Rabin)
          Acordo è Autonomia para os Palestinos por 5 anos na Faixa de Gaza e na cidade de Jericó (Cisjordânia). Após 5 anos forma-se o Estado Independente da Palestina.
                                     ACORDO DE OSLO II
                                                     (1995)
Local  EUA
 Partes  ANP (Yasser Arafat) e Israel (Ytizak Rabin)
 Acordo  Aumenta as áreas sob controle dos Palestinos:
 Seis cidades (Jenin, Naplouse, Tulkaren, Kalkiya, Rammallah e  Belém;
 Nablus controle parcial
1995 – Assassinato de Rabin
            - Responsável  Radical Judeu

1995 – 1996 => Ondas de atentados terroristas em Israel

                                         ELEIÇÕES EM ISRAEL
VITÓRIA DO LIKUD (DIREITA) – 1996
1º Ministro => Binyamin Netaneahu
FIM DAS NEGOCIAÇÕES

                                        NOVAS ELEIÇÕES EM 1999


VITÓRIA DO PARTIDO TRABALHISTA (ESQUERDA)
1º Ministro => Ehud Barak
RETOMADA DAS NEGOCIAÇÕES
(Devolução do Sul do Líbano)

                                             LEVANTE DE JERUSALÉM
                                                              OU
                                            NOVA INTIFADA - 2000
A crise começou no dia 28 de setembro, quando o político israelense Ariel Sharon visitou um local sagrado para os muçulmanos (Esplanada das Mesquitas). Os palestinos ficaram irados com a visita, e responderam com a destruição de um local sagrado judeu.
Nas três semanas de conflito que se seguiram, mais de 100 pessoas foram mortas -a grande maioria palestinas.

2000 – Novo 1º ministro em Israel         -                   Ariel Sharon

Ações de Sharon:
          Separação do território de Israel das áreas habitadas pelos palestinos è MURO DA VERGONHA


                                          ENTRAVES AO PROCESSO DE PAZ

                         Destino de Jerusalém:
             Judeus consideram Jerusalém sua capital eterna e indivisível;
            Palestinos querem a parte oriental de Jerusalém como a capital de um futuro    Estado Palestino.
                        Grupos radicais (árabes e judeus);
                   Refugiados Palestinos => Israel se recusa a aceitar o retorno de 3 milhões de                                palestinos refugiados;
                       Água => Palestinos querem uma divisão eqüitativa dos lençóis freáticos;  Israel quer   ter controle sobre 80% dos lençóis freáticos.


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

matrizes culturais do Brasil

Texto 2º. Ano Ensino Médio

                                                 Matrizes culturais do Brasil

    A constituição étnica da população brasileira é formada por três principais grupos: o indígena, o branco e o negro africano.Vamos ter noções de conceitos fundamentais relacionados ao conteúdo, como miscigenação, raça e etnia, preconceito e discriminação.
Alguns registros culturais podem despertar “a diversidade étnica da população brasileira”. Observe a figura “Monumento às nações indígenas” na página 3 do caderno do aluno: essa obra é uma das mais expressivas obras do artista plástico Siron Franco. Criado em 1992 e construído em Aparecida de Goiânia (GO), quando visto do alto mostra a silhueta do mapa do Brasil. São 500 totens quadrangulares ou triangulares com imagens da iconografia indígena em baixo-relevo em suas faces laterais, além de esculturas de objetos, utensílios ou rituais sagrados dos diferentes povos indígenas, todos reproduzidos minuciosamente em concreto a partir de peças datadas de época pré-cabralina (antes de Pedro Álvares Cabral). Os índios contribuíram muito para a formação da cultura brasileira: culinária, instrumentos musicais, nomes de lugares, a presença de palavras indígenas no português falado no Brasil são alguns exemplos.
a pintura “Navio de emigrantes”, do artista moderno Lasar Segall (1981-1957). Somos multiculturais por formação: os imigrantes contribuíram muito na formação da população brasileira ao lado de outros grupos e culturas, como portugueses, indígenas e africanos. Inúmeras levas de estrangeiros chegaram ao país, principalmente ao longo do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. A emigração envolve o drama dos envolvidos, que abandonaram seu país de origem, a interrogação sobre a terra futura e a nostalgia da terra passada.
       No século XX, mais um grupo étnico veio participar da formação da população brasileira: o asiático, representado, principalmente, pelos japoneses, chineses e coreanos
Etnia corresponde a um agrupamento humano cuja unidade repousa na comunhão de língua, cultura e de consciência grupal. Podem existir, em uma etnia, traços físicos comuns, entretanto não são eles que a definem, e sim o sentimento de pertencer ao agrupamento ou à comunidade. O termo raça, por sua vez, largamente utilizado no passado, é hoje considerado impróprio, pois a ciência já constatou que, no sentido biológico, não existe raça humana.
        Durante muito tempo utilizou-se a miscigenação da nossa população, isto é, o cruzamento entre grupos étnicos, para se afirmar que no Brasil sempre existiu uma “democracia racial”. No entanto, essa visão é hoje considerada um mito, pois obscurece a realidade do preconceito e da discriminação ainda presentes na sociedade brasileira. No passado, tal mito disfarçava o preconceito de cor em relação ao indígena, ao negro e aos mestiços e, também, o preconceito social determinado pela renda e pelo status social. Serviu de forma admirável à classe dominante para mascarar as opressivas relações étnicas e sociais no Brasil.
Os gráficos “População brasileira segundo a cor”, na página 7 do caderno do aluno, apresentam os recenseamentos da população brasileira elaborados desde 1950: com exceção do realizado em 1970, sempre fizeram o levantamento da população segundo a cor dos indivíduos. No entanto, esses dados merecem uma análise mais crítica, entre outras razões, em virtude:
- de ser autodeclarados (declaração em que o declarante declara algo sobre si mesmo), uma vez que o IBGE solicita que cada indivíduo se reconheça em um dos poucos parâmetros relativos a cor previstos no instrumento da pesquisa;
- de esses parâmetros serem imprecisos – como, por exemplo, a noção de pardo, que abrange descendentes tanto de africanos quanto de indígenas, e a noção de amarelo, que engloba indivíduos indígenas, japoneses, coreanos, chineses e seus descendentes. Esse problema, embora não resolvido, foi minorado no censo de 2000 realizado pelo IBGE, conforme atesta o gráfico relativo ao ano de 2001, no qual se nota que os indígenas foram agrupados separadamente dos orientais.
            Por último, os dados de 2006 mostram a consolidação de um movimento, sinalizam que mais pessoas em nosso país estão assumindo sua cor de pele, abrindo mão, assim, de uma ideologia de fundo racista que as fazia desvalorizar sua cor. Nos últimos anos, o fortalecimento do movimento negro e a transformação positiva da imagem pública das pessoas desse grupo em nossa sociedade vêm crescendo
 A evolução demográfica do Brasil é subdividida em dois grandes períodos e, a partir da noção de transição demográfica, iremos comparar com a verificada em outros países. Além da queda acentuada nas taxas de mortalidade e de fecundidade a partir da acelerada urbanização, vamos verificar outros fatores responsáveis pela variação das taxas de natalidade no Brasil. Algumas notícias e opiniões veiculadas pela mídia tratam questões relacionadas ao processo demográfico brasileiro de modo equivocado, difundindo preconceitos e desinformação. O que vocês pensam em relação ao futuro familiar que os aguarda? Que tipo de família que pretendem ter e quais os métodos contraceptivos que vocês conhecem?
Coletar e estudar dados populacionais colaboram com os governos a desenvolver projetos de gestão pública adequados às reais necessidades da população e atua como uma forma de planejar o nosso próprio futuro. O crescimento populacional decorre de duas variáveis: o saldo entre o número de imigrantes (pessoas que entram no país) e o número de emigrantes (pessoas que deixa o país) e o saldo entre o número de nascimentos e o número de óbitos. Esta última variável constitui o crescimento natural ou vegetativo. No caso do Brasil, este último processo é de grande importância, pois a imigração só teve influência significativa no crescimento populacional no final do século XIX até 1934, quando foi promulgada a Lei de Cotas, que restringiu drasticamente a entrada de imigrantes no país.
A taxa de mortalidade expressa a proporção entre o número de óbitos e a população absoluta de um lugar, em determinado intervalo de tempo. A taxa de natalidade expressa a proporção entre o número de nascimentos e a população absoluta de um lugar, em determinado intervalo de tempo.
Observando no gráfico “Crescimento populacional brasileiro entre 1872 e 2000 e projeções para 2010 e 2020”, na página 13 do caderno do aluno, podemos analisar dois grandes períodos da dinâmica geográfica brasileira:
- o período da aceleração demográfica, que aconteceu entre 1940 a 1960: taxas de natalidade elevadas, enquan­to as taxas de mortalidade começaram a declinar de forma significativa, em razão do maior acesso à rede médico-hospitalar, dos avanços da medicina e das vacinações em massa, gerando, em conseqüência, gran­de crescimento vegetativo ou natural da população brasileira. A partir do ano de 1960, iniciou-se um declínio do crescimento po­pulacional brasileiro mostrado através das quedas percentuais de 35,1%, em 1960, para 15,6%, em 2000 (de acordo com projeções do IBGE para 2010 e 2020, o declínio do crescimento popula­cional brasileiro deverá continuar). As princi­pais causas da queda do crescimento populacional são a revolução da tecnologia bioquími­ca, o aumento do número de pessoas com acesso à rede médico-hospitalar, às vacina­ções em massa e à melhoria das condições sanitárias, que contribuíram de forma signi­ficativa para a queda acentuada das taxas de mortalidade.
 o segundo período, o da desaceleração demográfica e transição em curso, aconteceu a partir de 1970 até os dias atuais: houve reduções consideráveis das taxas de natalidade, seguidas de pequena diminui­ção das taxas de mortalidade, o que refletiu na diminuição do crescimento natural da população brasileira. Algumas transformações ocorridas no Brasil explicam a queda das taxas de natalidade, tais como a crescente urbanização, o aumento da taxa de escolarização, a entrada da mulher no mercado de trabalho e a popularização da pílula anticoncepcional e de outros métodos contraceptivos. O conjunto desses fatores favoreceu a redu­ção do número de filhos, muitas vezes tra­duzida pelo planejamento familiar.
            A taxa de fecundidade consiste no número médio de filhos que as mulheres têm no decorrer de suas vidas, em determinada população. Para obter essa taxa. divide-se o total dos nascimentos pelo núme­ro de mulheres em idade reprodutiva (de 15 a 49 anos) da população considerada.
            O gráfico “Brasil: taxa de fecundidade por anos de estudo das mulheres”, na página 16 do caderno do aluno, indica que as taxas de fecundidade diminuem sensivelmente conforme aumentam os anos de estudo das mulheres. As diferentes taxas de fecundidade entre as grandes regiões brasileiras são explicadas pelas diferenças regionais de desenvolvimento econômico, o que implica maior nível educacional da população e a significativa presença da mulher no mercado de trabalho, entre outros fatores. Mulheres com baixo grau de instrução apresentam as maiores taxas de fecundidade.
            Com o auxílio do gráfico “Brasil: redução da taxa de fecundidade”, na mesma página, verificamos a queda da taxa de fecundidade no Brasil começou na década de 1970. Naquela década, a média de filhos por mulher era 5,8 (quase 6 filhos), em 2006 caiu para 2 filhos por mulher e em 2007 esse índice baixou para 1,95 filho por mulher. Segundo o IBGE, uma taxa de fecundidade inferior a 2,0 filhos por mulher não garante a reposição da população atual, demonstrando uma tendência de que o número de habitantes poderá diminuir em números absolutos. A redução do núme­ro médio de filhos por mulher vem caindo em todo o mundo. Particularmente no Brasil, iniciou-se com as mulheres das classes mé­dia e alta dos centros urbanos do Sul e do Sudeste - que apresentavam maior taxa de escolarização e tinham mais acesso as infor­mações – e, pouco a pouco, atingiu as demais classes sociais e regiões (estendendo-se, atualmente, pelas áreas rurais). Entre as regiões brasileiras, em 2005 a Norte tinha o maior ín­dice de fecundidade (2,5 filhos por mulher), e a Sudeste, o menor (1,9 filho por mulher).
Como existe uma estreita relação entre desenvolvimento econômico e taxa de fecundidade, pelas razões apontadas anteriormente, nos países "desenvolvidos" ou industrializados, de modo geral, as taxas de fecundidade são baixas quando comparadas às dos países "subdesenvolvidos" (a taxa de fecundidade dos países "desenvolvidos” situa-se em torno de 1,0).
O gráfico de transição demográfica, no canto inferior esquerdo do mapa “Mundo: estágios de transição demográfica”, na página 31 do caderno do aluno, expressa como ocomportamento das taxas de natalidade e de mortalidade de uma popula­ção, no decorrerde um período mudam. Essa noção se refere à transição entre duas situações de crescimento demográfico relativa­mente reduzido. O período pré-transicional é conhecido como regime demográfico tradicio­nal, e é definido por apresentar uma alta taxa de mortalidade e por uma taxa de natalidade também elevada. Em seguida, observe que na Fase I da transição demográfica ocorre a redução das taxas de mortalidade (linha lilás) e registra-se um elevado crescimento vegetativo (natalidade, a linha verde) da população. A Fase II, por sua vez, caracte­riza-se pela redução das taxas de natalidade e, por último, na Fase III,  período pós-transicional, conhecido como regime de­mográfico moderno,definido por baixas taxas de mortalidade e de natalidade e, conseqüentemente, do crescimento vegetativo.
O Brasil, segundo estudos do IBGE, encontra-se na fase de transição demográfica em curso (Fase II), caminhando para a de transição demográfica avançada, que se caracteriza pela diminuição acentuada das taxas de natalidade e de fecundidade e, conseqüentemente, pelo crescimento populacional moderado. Segundo estimativas, nos próximos anos a taxa de natalidade deverá ser inferior a 20, e a de fecundidade deverá declinar ainda mais.
         Vamos  observar  quatro pirâmides etárias do conjunto de países emergentes, conhecidos pela sigla BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China (“BRIC: composição da população residente, por sexo, segundo os grupos de idade”). Estes países, considerados economias emergentes, apresentam estruturas etárias bem diferenciadas, tornando-se, portanto, um excelente material de análise acerca de como devem ser lidos e interpretados os gráficos corres­pondentes às pirâmides etárias. A análise da pirâmide etária oferece diversas informações sobre a população de um país, como a quanti­dade de habitantes por faixa etária, a propor­ção por sexo e a porcentagem de pessoas em idade produtiva (ou seja, as que se encontram entre 10 e 65 anos) no total da população. Para interpretar uma pirâmide etária, devemos observar os seguin­tes critérios:
- no eixo das abscissas (horizontal), registra-se a proporção de habitantes em cada faixa etá­ria; no eixo das ordenadas (vertical), as faixas de idade;
- os dados da base ao topo correspondem à quantidade de popu­lação em cada faixa etária de acordo com o gênero (à esquerda, população do sexo masculino; à direita, do sexo feminino);
- observamos diferenças entre a quantidade de popula­ção masculina e de população feminina em cada faixa etária correspondente;
- quando a diferença entre a parcela intermediária - entre 15 e 60 anos, que corresponde à idade produtiva - e a base da pirâmide for acentuada, o país terá um descompasso en­tre a população em idade produtiva e os que deverão ser sustentados (crianças e idosos);
- o vértice (ponta) em relação ao resto da pirâmide: ele (vértice) apresenta a quantidade de população de ido­sos em relação ao resto da pirâmide;

As mudanças na di­nâmica demográfica brasileira influem diretamente nas políticas públicas de planejamento e de atendimento social. Ao comparar a pirâmide brasileira com as outras, verificamos que as pirâmides da Rússia e da China mostram uma estrutura etária mais envelhecida, enquanto a estrutura da Índia é jovem. A pirâmide russa apresenta maior quantidade de mulheres do que de homens, principalmente nas faixas acima dos 65 anos, em virtude dos vários conflitos internos e das guerras pelos quais o país passou em sua história, o que afetou diretamente o contingente masculino. Quanto à pirâmide brasileira, as quedas dos níveis de fecundidade e mor­talidade nos últimos 40 anos evidenciam que o país está passando por uma fase de transição, fazendo com que o desenho de sua pirâmide etária apresente mudanças ao longo do tempo, passando de uma estrutu­ra jovem nas décadas de 1960, 1970 e 1980, para uma bem menos jovem projetada para o período 2005-2010.