quarta-feira, 15 de junho de 2016

mudança das distâncias geográficas e o processo migratório para o Brasil


 
                           A mudança das distâncias geográficas e os processos migratórios

                                                             migração

movimentação de entrada (imigração) ou saída (emigração) de indivíduo ou grupo de indivíduos, ger. em busca de melhores condições de vida [Essa movimentação pode ser entre países diferentes ou dentro de um mesmo país
tipos de migrações
Desde o surgimento do homem, há milhares de anos, no continente africano, a busca por sobrevivência sempre foi um dos principais objetivos das pessoas que migravam. Por conta disso, as primeiras sociedades eram nômades, pois migravam sempre em busca daquilo que havia se esgotado por onde já tinham passado.
Hoje, na era da globalização, mais do que nunca as migrações se dão por conta do fator econômico, que é a busca por emprego, por melhores salários, por melhores condições de vida, etc.
Existem três variáveis para se classificar os tipos de migrações: o espaço de deslocamento, o tempo de permanência do migrante, e como se deu a forma de migração.
Se considerarmos o espaço de deslocamento, tem-se:
  1. Migração internacional – que ocorre de um país para outro.
  2. Migração interna – que ocorre dentro de um mesmo país, subdividindo-se em:
a)      Migração inter-regional: que ocorre de um Estado para outro.
b)      Migração intra-regional; que ocorre dentro do mesmo Estado.
Levando-se em consideração o tempo de permanência do migrante, tem-se:
  1. Migração definitiva – em que a pessoa passa a residir permanentemente no local para o qual migrou.
  2. Migração temporária – em que o migrante reside apenas por um período pré-determinado no lugar para o qual migrou, como é o caso dos boias-frias.
Migração sazonal – tipo de migração temporária a população sai de uma região para trabalhar em outra durante período de safras de determinados produtos.
Migração pendular – migração diária, trabalhadores sai de suas cidades na periferia e vão trabalhar nos grandes centros urbanos retornando somente a noite.
Se considerar a forma como se deu a migração, tem-se:
  1. Migração espontânea – quando o sujeito planeja, espontaneamente, migrar para outra região, seja por motivo econômico, político ou cultural.
  2. Migração forçada – quando o indivíduo se vê obrigado a migrar de seu lugar de origem, geralmente ocorrendo por catástrofes naturais, como, por exemplo, a seca que atingiu o nordeste brasileiro no final do século XIX.
Quanto ao controlo as migrações podem ser:
A imigração clandestina é o ato ou efeito de imigrar ilegalmente, ou seja, neste caso, sem a autorização dos governantes para onde se deseja imigrar.
O país que mais sofre com este tipo de Imigração é sem dúvida os Estados Unidos da América onde imigrantes arriscam a vida pelo longo e perigoso deserto do Texas e tentam atravessar pela fronteira para morar principalmente na Califórnia, Flórida e Texas além de ter também considerável concentração de imigrantes ilegais nos estados do Alabama.
A imigração legal é ato ou efeito de imigrar legalmente, ou seja, neste caso, com autorização dos governantes para onde se deseja imigrar.


                            

                                            Causas da Migração


São várias as causas atribuídas a migração, com maior destaque para: políticas, económicas, religiosas, étnicas, naturais, socioculturais, turísticas e bélicas.
Políticas
O modelo político do país, a falta de liberdade de expressão, ausência de jornais privados e a coibição de alguns regimes políticos são factores que contribuem fortemente para a imigração de países aonde as liberdades fundamentais são mais eficazes e sobretudo respeitadas;
Económicas
O fraco crescimento das economias, acaba por se repercutir em diversos indicadores económicos como: taxas de inflação, taxas de juros e o desemprego, que corroboram para um débil desenvolvimento das economias.
Assistindo –se uma elevada densidade populacional que conduz a má remuneração dos empregos, contribuindo para elevados fluxos migratórios;
Religiosas
O combate e a estigmatização de grupos religiosos, a não aceitação de indivíduos que professam religiões distintas. Em grande parte dos países a intransigência religiosa tem originado muitas mortes, o exemplo prático são os considerados “extremistas religiosos”.
Étnicas
Geralmente são causadas por grupos ou comunidades com origens étnicas diferentes, que quando instalados numa determinada região ou área, acabam por expulsar os demais, que normalmente constituem a minoria.
Naturais
São normalmente, provocadas por secas, inundações, catástrofes, erupções vulcânicas ou outras intempéries de índole diversa. A população é obrigada a imigrar com o intuito de sobreviver.
Socioculturais
Acontece quando os cidadãos acabam imigrar para as grandes metrópoles por motivos de ordem cultural, aonde acabam por ficar pelo facto de favorecer o desenvolvimento da sua atividade: Estudantes, músicos, cientistas e artistas.
Turísticas
Acontecem quando os cidadãos viajam para um país como turistas, com o objetivo de passar as férias, ou conhecer novos locais, e acabam por permanecer e trabalhar.
Bélicas
Estão relacionadas com os conflitos armados e guerras civis que acabam por degradar grande parte das infraestruturas e o tecido produtivo do país, levando-o as ruinas. Ultimamente está tem sido uma das principais causas de grande parte dos principais fluxos migratórios.

                                     Os imigrantes que vieram para o Brasil

Em busca de oportunidades na terra nova, para cá vieram os suíços, que chegaram em 1819 e se instalaram no Rio de Janeiro (Nova Friburgo), os alemães, que vieram logo depois, em 1824, e foram para o Rio Grande do Sul (Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Catarina, Blumenau, Joinville e Brusque), os eslavos, originários da Ucrânia e Polônia, habitando o Paraná, os turcos e os árabes, que se concentraram na Amazônia, os italianos de Veneza, Gênova, Calábria, e Lombardia, que em sua maior parte vieram para São Paulo, os japoneses, entre outros. O maior número de imigrantes no Brasil são os portugueses, que vieram em grande número desde o período da Independência do Brasil.
Os imigrantes que chegaram aqui tiveram dificuldades de se adaptar ao clima quente
E o trabalho nas lavouras de café,os italianos e os alemães migraram de São Paulo para
O sul do Brasil devido ao clima frio, la deram inicio ao cultivo da uva e a fabricação do
Vinho. Os japoneses foram para a região norte e norte do Paraná cultivaram a pimenta
Do reino.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Os deserdados na nova ordem mundial

                                         Os deserdados na nova ordem mundial

A Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.
A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito.
A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber: o Japão e a União Europeia, em um primeiro momento, e a China em um segundo momento, sobretudo a partir do final da década de 2000.
O sistema mundial, moldado pela força das potências e por seus interesses, permite equilíbrio e funcionamento nas relações interna­cionais, mas gera uma profusão (grande quantidade) de terríveis efeitos colaterais.Muitos Estados nacionais territoriais re­centes, surgidos da descolonização (liberta­dos de uma ordem colonial que os oprimia) se inserem apenas marginalmente nessa nova ordem e, condenados ao isolamento, tendem a se desagregar, a se decompor. Freqüentemente são vitimados por terríveis conflitos regionais e internos, cujo índice de mortandade encon­tra-se entre os mais terríveis da humanidade, como nos exemplos recentes de Ruanda e Ser­ra Leoa, no continente africano. Desde a Se­gunda Guerra Mundial, 20 milhões de pessoas morreram nesses conflitos regionais.
            Outros países ainda procuram se erguer e se reorganizar após terem sido vítimas de guerras terríveis, que regionalizavam o confronto entre as superpotências na ordem mundial anterior. Esse é o caso do Vietnã, país vitimado por uma guerra horrível com os EUA. Guerra, aliás, que serviu para diminuir, na época, o desembaraço da ação geopolítica americana em vista da der­rota dos Estados Unidos. Esse é o caso também do Afeganistão, invadido pela URSS nos anos 1980. Outro caso a ser notado é a terrível guerra entre Irã e Iraque, estimulada pelas potências do mundo ocidental (EUA à frente), que ar­maram e tornaram poderoso Saddam Hussein, o mesmo que recentemente ameaçava a paz mundial, segundo a alegação dos EUA. Outros exemplos podem ser lembrados, e muitos ainda estão sangrando a despeito do equilíbrio "civi­lizado" que mantém a ordem mundial. Uma or­dem mundial que tem vários deserdados.



                                                    O Drama dos refugiados

 tendência dos refugiados é se dirigir às regiões imediatamente vizinhas, mas há também a existência minoritária de fluxos de refugiados percorrendo grandes distâncias, até os EUA, por exemplo (normalmente refugiados europeus e do Oriente Médio).
Os refugiados africanos vão para os países vizinhos e apenas uma minoria conse­gue fugir para a Europa. Esses refugiados são: vítimas da decomposição social, territorial e nacional dos países do cen­tro da África e do oeste (Ruanda, por exemplo) e das guerras que surgem em conseqüência dessa decomposição; vítimas da instabilidade do Oriente Médio, e da atual guerra no Iraque; vítimas da guerra civil na antiga Iugoslávia (Bósnia-Herzegovina, Kosovo, por exemplo), produto da desa­gregação do socialismo e; vítimas ainda da Guerra do Vietnã e da instabilidade que ainda reina na­quela região.


                                      Texto sobre a Criança soldado nesses países


Quando Ishmael Beah tinha 12 anos – e Serra Leoa já sofria com os ataques realizados pela Frente Unida Revolucionária –, ele teve contato com os primeiros refugiados produzidos pelo início da guerra civil, que passavam por seu vilarejo e contavam histórias terríveis. [...]Beah ainda não sabia que dentro de alguns meses, em 1993, seria a vez dele de fugir dos rebeldes e, aos 13, seria obrigado a se juntar ao Exército, tornando-se uma das milhares de crianças--soldado que lutariam na guerra civil que deixou milhares de mortos no país de 5 milhões de habitantes. [...] Para Beah, um ano foi tempo suficiente para ter sua vida completamente modificada. Dos banhos de rio e partidas de futebol, nada restou. A única preocupação era sobreviver. Na fuga, perdeu-se de toda a sua família. Passou fome, escapou da morte, presenciou assassinatos [...]. Quando acreditava que havia alcançado a segurança, recebeu um ultimato do Exército: todos os “homens” teriam que pegar em armas ou então deixar a cidade. Era matar ou morrer. [...] Antes da batalha, as crianças recebiam anfetaminas [...]. Para completar, havia a lavagem cerebral. “Eles manipulam a raiva que você tem por dentro por ter perdido a família .Eles diziam: “Você perdeu sua família e esses caras são responsáveis por isso. Precisa vingá-los”. Você não tem outra escolha a não ser acreditar neles”, diz Beah.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Gênese geoeconômica do território brasileiro.

                                      Gênese geoeconômica do território brasileiro

A colonização que ocorreu no Brasil foi a de exploração. Os portugueses exploraram o nosso pau-brasil, mandando  para Portugal. A nossa população foi formada peno índios, que já habitavam o território, pelos portugueses, que colonizaram, e pelos negros africanos, escravos que vieram para colonizar.Isso ocorreu no século XVI.

A cana-de-açúcar - – Séculos XVI e XVII – teve inicio de seu cultivo no  Litoral do Nordeste, nos atuais Estados de Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Bahia, além de pequenas áreas no litoral do Estado do Rio de Janeiro e de São Paulo – DESTINO DA PRODUÇÃO: Mercado europeu, comercializado via Portugal devido ao pacto colonial,. O açúcar tornou-se principal atividade de exploração ,sua produção era controladaem Salvador por essa razão Salvador tornou-se principal centro e primeira capital do Brasil. A cana de adaptou bem no nordeste devido ao clima úmido da zona da mata e o solo de massape.
A mineração começa no século XVIII,exploração do ouro,prata e pedras preciosas - PRINCIPAIS ÁREAS DE OCORRÊNCIA: Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. – DESTINO DA PRODUÇÃO: Portugal, mas, como consequência de acordos comerciais, o ouro brasileiro teve, em grande parte, como destino final, a Inglaterra. Toda produção era controlada na cidade do Rio de Janeiro,que superou Salvador e se tornou segunda capital do Brasil.

Café – Segunda metade do século XIX ao início do século XX. Inicialmente o café foi cultivado noa Vale do Paraiba,devido ao clima úmido e solo arenoso,serra mar o café não prosperou, e acabou se adaptando no estado de São Paulo devido a terra roxa e clima menos úmido. PRINCIPAIS ÁREAS DE OCORRÊNCIA: Rio de Janeiro, São Paulo, sul de Minas Gerais e Espírito Santo, posteriormente se expandiu para o Norte do Paraná e Mato Grosso. DESTINO DA PRODUÇÃO:Europa e Estados Unidos.
Observa-se que a distribuição das atividades econômicas pelo território brasileiro é descontínua. Os “espaços vazios” entre as regiões econômicas sugerem a ideia de um “arquipélago” como padrão de ocupação do Brasil.
 No território brasileiro, as marcas das atividades econômicas do passado. As elevadas densidades demográficas nas áreas litorâneas, por exemplo, resultam do padrão de expansão territorial.
A organização da produção, da economia ou do sistema produtivo foi realizada com base no abastecimento do mercado externo. A introdução da grande propriedade agrícola – o latifúndio ou plantation – e da monocultura ocorreu com o objetivo de abastecer o mercado europeu de produtos tropicais e de matérias-primas.

Termos para identifica características do inicio da ocupação do território brasileiro:
• “espaços extrovertidos” refere-se aos espaços geográficos produzidos e organizados para atender o mercado externo. No período colonial brasileiro, os exemplos mais importantes são o espaço da agroindústria da cana-de-açúcar (séculos XVI e XVII), o espaço da mineração (século XVIII), o espaço do café (séculos XIX e XX) entre outros.
• “arquipélago econômico” busca indicar a falta de integração entre as economias regionais que se constituíram como espaços relativamente autônomos de produção e consumo, guardando relações mais estreitas com os mercados externos do que entre si. Aplica-se à economia e à configuração geoeconômica do território brasileiro no início do século XX, marcadas pela fragmentação em “ilhas” regionais, resultantes em grande parte da economia colonial.
O povoamento do litoral, as redes de cidades, a concentração fundiária e a monopolização do acesso à terra, o poder político das elites locais etc.Assim como ocorreu no Nordeste com a lavoura canavieira, a monocultura do café organizou-se em grandes propriedades, a princípio tendo por base o trabalho escravo, e posteriormente empregando trabalhadores livres (assalariados), principalmente imigrantes. Ao avançar mais para o interior da região, o cultivo do café propiciou o aparecimento de médias propriedades. Dos quase 5 milhões de imigrantes que o Brasil recebeu até o início deste século, a maior parte deles fixou-se sobretudo no Sul e Sudeste, marcando profundamente sua vida econômica e social. A preferência por essa região, entre outros fatores, deveu-se à necessidade de mão-de-obra para a lavoura e à necessidade de efetivar-se a colonização do Sul.